terça-feira, 8 de novembro de 2016

A primeira descrição

Prezados,

Após anos de busca, finalmente comprei a minha GM Veraneio, na verdade, faz pouco mais de um ano que a comprei e ela chegou de São Paulo.

Ela é azul marinho, 1987, Ex-Furnas Centrais Elétricas, Motor 4,1l, câmbio 260F, ela passou por uma reforma parcial, mas que não foi finalizada.

Assim, ela está longe de atender aos padrões placa preta de conservação e aparência e tem diversas coisas para fazer, desfazer e refazer. É um project car para anos de desenvolvimento e uso.

Constava no velocímetro 9.447 km rodados, o que quer dizer que deve ter no mínimo uns 209.447 km ou 309.447 km. Não acredito que num carro de uso comercial tenha tão pouca quilometragem.

Andar num carro deste é uma verdadeira volta no tempo, tamanho, proporção, desempenho, dinâmica é completamente diferente de um carro com 50 anos de engenharia de desenvolvimento e quase trinta anos de uso.

E como toda relação longa em geral começa de forma atribulada, a Transportadora quebrou justamente a chave da ignição, o chaveiro não podia ir até o depósito e eu não podia ficar esperando, além da minha ansiedade em pôr as mãos no meu "brinquedo".

Peguei uns pedaços de fios velhos para fazer a conexão entre os fios soltos, fiz a ligação direta e parti rumo ao chaveiro onde, por conta da Transportadora, foi moldada uma nova chave.

A Zero-Um era mais "complexa", ela tinha botão de "partida digital", bastava fazer uma leve pressão com dedo sobre o cilindro de ignição, mesmo sem a chave, e girar o pulso que ela pegava. Ou então, usar uma chave de fenda ou uma chave qualquer que encaixasse no cilindro para fazê-lo girar. O meu pai sempre ficava possesso quando via a gente fazer isto.

Quem tem os modelos GM mais antigos sabe o como não são confiáveis os cilindros das portas e da ignição. A Zero-Dois neste ponto é muito mais evoluída, as chaves já são de serrilhado duplo e usa uma chave com cabeça plástica semelhante a do Monza.

Chave da Veraneio - Modelo antigo
Chave da Veraneio - Modelo novo

Um ponto ruim de carros antigos é que não havia a preocupação de adotar uma chave única para o carro todo, então são cinco chaves: Duas para as portas, uma para a ignição, uma para o porta-malas, uma para o tanque de combustível. Seriam seis se o porta-luvas tivesse com a chave.

No fundo, me diverti e senti saudades de quando era mais novo e passava horas cuidando dos carros do meu pai.

Estes são alguns serviços que já fiz:
Serviço
Estágio
Peças utilizadas
Trocar - Tampa do tanque
Finalizado
Tampa do tanque universal de trava
Trocar - Extintor
Finalizado
Extintor de incêndio classe ABC
Limpar - Volante de direção
Finalizado
Mr. Músculo - Cozinha Total
Trocar - Bateria
Finalizado
Bateria ACDelco 70Ah, requer adaptação no suporte

A tampa do tanque estava com a chave tão desgastada que não valia a pena fazer uma cópia, saiu mais barato comprar uma tampa plástica nova, até mesmo que já tenho planos para o bocal do tanque. O extintor, embora não seja mais necessário, é uma medida de segurança, pois carro velho, fios velhos com isolamento ressecado, mangueiras velhas e nada de seguro... Este pacote não costuma dar muito certo. Melhor ter um extintor para controlar um princípio de incêndio.

O volante estava imundo pois o ex-proprietário usava um volante anti-furto, coisa que não gosto por achar inseguro bem como feio. A bateria faleceu. Noutro post falarei sobre a necessidade de adaptação do suporte da bateria.

(Texto adaptado e estendido a partir de um comentário numa lista de discussão que participo)

(Fotos: Internet - Higienópolis / MercadoLivre)

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